BemDitasPalavras

25.5.06

Força Ney Franco!

E ontem no Maracanã pudemos ver pela primeira vez e, apenas em um tempo de jogo a, digamos, "mão" do técnico Ney Franco recém contratado pelo Flamengo ao Ipatinga. Quase me “despingolei” para o estádio, desdenhando da chuva, do frio e dos perigos que um maracanã vazio pode causar aos seus freqüentadores com relação à segurança. Ainda bem que não fui, pois o primeiro tempo do time rubro-negro poderia abalar demais minhas estruturas. Entretanto, vamos ao que interessa e ao que me vez visitar o meu próprio Blog nesta tarde tão tumultuada - para mim, em meu trabalho. Ney Franco não teve tempo de fazer um treino sequer com os jogadores do time, foi quase direto para o estádio a fim de comandar do banco os bravos e insistentes "jogadores" do Flamengo. O que se viu foi um time no primeiro tempo confuso, afoito e entregue aos avanços de um Santos para lá de limitado. O Flamengo poderia ter perdido de mais ainda na primeira etapa. Era o Flamengo de Waldemar Lemos que estava em campo. Intervalo e, finalmente Ney Franco pôde conversar com os jogadores sobre uma partida de futebol. Eis que o Fla volta outro do vestiário. Parte para cima do Santos, mesmo ainda desorganizado, mas melhor que no primeiro tempo. Resultado: Flamengo 2 X 0 Santos. Placar levando-se em conta apenas o segundo tempo. Fica a impressão de que Ney Franco teve alguma coisa a ver com essa mudança. Tomara. Força Ney Franco! Coração forte, torcedor rubro-negro!

23.5.06

O Código Da Vinci, O Filme.

Bem, o dia da estréia do Brasil na Copa do Mundo ainda não chegou, mas o dia 19 de Maio, data da estréia mundial do filme O Código Da Vinci, sim. Lá fui eu de mala e cuia, digo, de pipoca e refrigerante garantir o meu ingresso na sessão das 18 horas, para ver se Ron Howard seria capaz de traduzir em cenas cinematográficas aquela balburdia desenfreada que Dan Brown causara em milhares de imaginações e mentes mundo afora. Li o livro antes, o que me fez repousar na poltrona com a pipoca, o refrigerante, a ansiedade e um monte de preconceitos. Não sei se deveria ter lido o livro antes... Bem, já o fizera uma vez. Ao assistir ao primoroso O Nome da Rosa, não esperava mesmo as 562 páginas de Umberto Eco dispostas em pouco mais de duas horas de filme. Lembrei-me disso e aliviei a barra do diretor de O Código Da Vinci. O filme tenta passar aquela vontade do próximo capítulo o tempo inteiro, mas para quem leu o livro, as passagens do filme parecem mesmo um monte de informações derramadas de um balde sobre suas cabeças. Ao menos é a impressão que tenho colhido de cabecinhas que assistiram ao filme após terem lido o livro. Ah! Que fique claro: Não sou crítico de cinema, portanto, não discorrerei minha opinião a respeito de fotografia (belíssima), figurinos (totalmente de acordo) e, muito menos das interpretações de gente do quilate de Tom Hanks (Robert Langdon); Jean Reno (Bezu Fache); Audrey Tautou (Sophie Neveu); Ian McKellen (Sir Leigh Teabing); Alfred Molina (Bispo Manuel Aringarosa); Paul Bettany (Silas), (todos sensacionais). Estou aqui para dizer que apesar de ter encarado as mais de 470 páginas do livro; de um livro que tem o suspense como uma de suas maiores e melhores vertentes, o filme é ótimo e merece ser visto e, por que não, revisto. Parece que alguns críticos não foram muito condescendentes com os profissionais do filme, mas... Não foram eles que pagaram o meu ingresso e, neste caso, o gosto não foi colocado para discussão, pois o gosto foi meu e, eu a d o r e i o filme. Vá ver.

18.5.06

Esse Flamengo...

O Ipatinga foi brioso como vinha sendo até aqui. Contudo, aquela massa de rubro-negros que invadiu o Maracanã não merecia uma sorte diferente. O Flamengo está na final da Copa do Brasil. Nos últimos quatro títulos que o Flamengo conseguiu levantar - mesmo em seu quintal - teve como vice campeão...quem? O Vasco da Gama. As expectativas são as melhores possíveis, para os flamenguistas, obviamente.

Em relação às virtudes e defeitos de todo ser humano: Nós amamos apesar desses “defeitos”, ou amamos com esses “defeitos”?

Dizer que o amor é cego, seria simplificar demais as artimanhas desse sentimento-mor que move o mundo e seus habitantes. Não podemos definir os caminhos e descaminhos desse sentimento a partir do pensamento alheio. Quando amamos alguém, o nosso amor não pode ser comparado ao amor de nosso ser amado, pior então seria tentar definir o amor como um sentimento geral. Todavia, podemos tentar. Somos todos seres humanos e, nos caracterizamos por possuirmos tantos defeitos quanto virtudes. Defeitos e virtudes vislumbrados num grau de autoconhecimento, assim como na visão do olhar alheio. Deixemos um pouco as virtudes de lado. Quando o amor se aproxima, ou seja, quando começamos a nos deparar com uma admiração mais acentuada por uma outra pessoa, esta admiração não busca ou identifica de imediato os defeitos dessa outra pessoa, mas sim suas virtudes – estas as quais resolvi deixar de lado. A paixão, sentimento que avassala nossos corações antes que o amor se instale é voraz e extremamente desprovida de discernimento crítico em relação ao outro. Os defeitos natos, ou adquiridos do ser pelo qual nos apaixonamos simplesmente não existem nesse momento tão conturbado de qualquer relacionamento afetivo que se inicie. Se aquele pelo qual nosso coração transborda em emoção não é possuidor das características que o identificam como uma pessoa bem colocada diante dos conceitos de beleza, ou mesmo sócio-econômicos dos padrões ocidentais desses mesmos conceitos, simplesmente sublimamos tais carências nos atendo apenas àquilo que satisfaz aos nossos desejos mais prementes. O amor acaba por ser o mar onde deságua todo este atormentado sentimento inicial que é a paixão. Nesse momento, quando o amor se instala, começamos a enxergar melhor o ser pelo qual nos apegamos de maneira sedimentada, consolidada. Se os defeitos desse ser amado não nos causarem problemas extremos – e em alguns casos, assim mesmo – nossos olhos e os olhos de nossos corações acabam por se habituar àquilo que para nós possa parecer um defeito. É certo então dizer que, de um modo geral, acabamos amando apesar dos defeitos alheios e, da mesma forma amamos com os defeitos alheios. Está diretamente relacionado a esta conclusão, o fato de que se existirem preconceitos quanto aos “defeitos” alheios, o amor simplesmente não se inicia. Seria então simplificar demais o sentimento com o qual todo ser humano sonha, dizendo que o “amor é cego” ? Creio que não.

16.5.06

Os 23 homens de nossas vidas. Pelo menos até que a Copa acabe.

Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Adriano e Ronaldo. Ainda, Júlio César, Cicinho, Luizão, Cris e Gilberto; Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Ricardinho; Robinho e Fred, mais o Rogério Ceni e o Edmilson. Estes são os vinte e três homens que não nos deixarão dormir tranquilos em Junho próximo, além é claro, de nos fazerem sonhar. Esta é a Seleção Brasileira que irá à Alemanha resgatar a nossa Taça, emprestada para ser posta novamente em disputa. Esta é a Seleção que possivelmente nos tornará Hexacampeões mundiais. Ricardinho, Rogério Ceni e Cris, na ótica desse que vos escreve, os únicos pormenores de uma convocação previsível e tranqüila. Tranqüila porque o otimisto é tão grande com a seleção titular, que os reservas não importam muito em meio a tanta euforia. Já imaginaram se dá uma dor de barriga geral e a seleção é obrigada a enfrentar uma Inglaterra com: Rogério Ceni, Cafu, Lúcio, Cris e Gilberto; Edmilson, Emerson, Gilberto Silva e Ricardinho, Robinho e Fred? Sei não...acho que o Hexa sobe no telhado. Todavia, a nau que carregará nossas esperanças rasga o oceano de vento em poupa. Acredito que dificilmente, sob o comando de um técnico exigente como o Parreira, qualquer fator extra raça, técnica e dedicação, será capaz de derrubar os meninos os vinte e três homens do hexa. Na opinião humilde deste blogueiro que um dia já bateu sua bolinha, Adriano - melhor jogador e artilheiro da Copa América de 2004 e, melhor jogador e artilheiro da Copa das Confederações de 2005, deverá ser o artilheiro e melhor jogador desta Copa também. Ele não é de brincadeiras e, apesar de não contar muito com uma técnica mais apurada, faz gols como coelho faz filhotes. Ronaldinho Gaúcho, de quem muito se espera, deverá estar vigiado pelos pit bulls adversários e, dar-se-á por feliz se voltar com as patelas no lugar. Ronaldo fenômeno...bem, não é toda hora que fenômenos acontecem. É isso aí, eu já comprei minha trombeta; minha camisa, short, cueca e chapéu verde-amarelos e estou pronto para torcer pelo maior número de feriados possíveis, digo maior número de vitórias que os brasileiros puderem conseguir e, que estas vitórias sejam suficientes para nos trazer o Hexacampeonato.

Para você que não está aqui.

Para você que não está aqui, deixo já uma advertência: Este Blog está rigorosamente em dia. Como não!? Escrevo no encontro do "quando quero" com o "quando posso". Há também a interseção destes dois momentos, mas aos mesmos pode juntar-se a intrusa preguiça, aí... Agora estou aqui para adverti-lo. Não por estar tão envolvido com o "quando quero" e nem com o "quando posso" - estou trabalhando, tentando com o meu suor enriquecer mais um pouco a família de meu patrão - mas, estou com uma preguiça de não escrever...por isso estou aqui. Boa tarde para você, que não está aqui.

5.5.06

Trabalhinho para a faculdade.

Faculdade de Letras Estácio de Sá, 2005. A professora me pede para tentar escrever uma carta como se eu fosse o próprio Neruda, em alusão a qualquer passagem do filme O Carteiro e o Poeta - lindo filme. A primeira viagem foi dela. Onde já se viu pedir uma coisa dessas? A segunda viagem foi minha, pois a mulher insistiu e eu, bem, eu não podia levar um zero - apesar de estar fadado a isto. Abaixo meu trabalhinho. Na falta do que escrever...

Santiago, 28/09/2005

Amigo Mario, Escrevo esta carta de muito longe, porém com o sentimento tocando-me feito lava incandescente. Sentimento este que me carrega ainda saudade quase ao calor de teu abraço amigo, apesar dos mares que por tanto tempo nos separaram. Queima-me a tristeza, arde em minha pele e na pele de minha alma a alegria de tê-lo como amigo, de tê-lo encontrado no lugar que escolhi para refugiar-me daqueles com os quais troquei e ainda troco tantas incompreensões. A tristeza que me queima o faz na forma das labaredas da saudade. Saudade doída. Saudades da ilha que encontrei ilha, saudades do amigo e companheiro que encontrei carteiro. O que vez ou outra afoga minhas retinas é o fato de ter agora uma saudade que já foi diferente. A saudade que se fez concreta no momento da partida, assim que a solidão me abraçou companheira fez-se abstrata, pois guardo em meu coração a ilha que hoje já não me é mais ilha, do amigo e companheiro que hoje já não me é carteiro. Redescobri na beleza sutil de sua poesia a própria poesia de suas coisas, das coisas de sua ilha. As ondas de Cali Sotto, pequenas ou grandes; os ventos que sopravam nos rochedos e nos arbustos; o som dos sinos a tilintar chamando-nos à fé; as águas claras do mar que ainda ontem molhavam-me os pés, enfim, a ilha que me acolheu com tamanha graça já não me soam como lembranças, mas como sentimentos e tocam poesia em meu coração. Assim como em poesia transformou-se sua ilha, meu amigo e companheiro, antes um devotado carteiro hoje também abstrato se faz. Mário, a saudade que o retirou do mirar de meus olhares e o guardou em minhas veias, apresentou-me a você novamente, porém, hoje o que enxergo é o que exalas em minha quase agonizante ausência. Lembro de tê-lo encontrado absorto, envolvido no despertar de sua veia poética, sem saber ao certo como retira-la de dentro de si a transformando numa aliança de matrimônio a fim de entregá-la ao amor que em ti também despertava ainda criança. Recordo-me de suas dificuldades em entregar o amor que lhe brotava ribeirinho ao amor que lhe afogava oceano. Como pude demorar a perceber que você, amigo e companheiro, era a poesia em si que transbordava diante de meus olhos sem que eu permitisse o toque desta poesia ainda bruta nos sentimentos de minha alma? Amigo, tu és um belo poeta! Poeta e poesia rodopiando como um alegre e serelepe redemoinho numa só pessoa, numa só alma, numa só ilha. A saudade dói, mas já não é soberana. A ansiedade agora me queima qual a chama azul e flamejante de uma enorme labareda. Estou retornando a ilha que ouso chamar nossa. Em breve poderei recuperar meus tempos perdidos. Tempos em que, descalços, meus pés tocaram o solo de nossa ilha sem que minha sensibilidade carregasse o toque ao meu duro coração. Tempos em que meu amigo e companheiro carteiro me ensinou sua poesia, porém comportei-me como mau aluno, disperso e insensível. Há de haver tempo também para que eu possa conhecer o fruto de sua poesia e de seu amor com Beatrice, Pablito. Que a alegria e a gratidão possam partir na minha frente e, dizer o quanto sou grato por sua homenagem. Amigo Mário, guarde-se poeta, preserve sua ilha poesia, pois o admirador de ambos está voltando.

Do amigo inconteste,

Pablo Neruda.

Lembranças que cheiram

O tempo estava parado, quase que totalmente estagnado. Por mais que ainda se pudesse sentir o cheiro feliz da flor a nos provar que não se tratava de uma pintura, um aroma longe, fraquinho mesmo - fraquinho, mas constante e perceptível, ainda assim o quadro era mesmo quase um quadro. O aroma pairava, mas não chegava com a brisa que não soprava. Um olhar, uma estrada de barro vermelho, um cerca branca - a cerca era quem mais se destacava em todo mirar - grama, após a cerca um fosco e belo gramado. Ao longe, a Flor. Ainda mais longe uma luz brilhava e tomava para si a face mais bela da Flor, que mirava a luz. Diante de todo este quadro, quase um quadro, um homem. Um homem que observava tudo sem piscar os olhos. Seus olhos estavam há tanto tempo abertos que acentuava a desconfiança de que se estava diante de um Renoir, tamanha realidade que te trazia, tamanha a certeza estática que te conduzia a crença de que todo aquele mundo parado seria uma pintura impressionista. O primeiro som chegou sorrateiro, quase imperceptível e, mesmo quem o percebesse imaginaria estar sonhando, imaginando coisas. Mas o som chegou e, o movimento que o provocara não tardou a modificar todo o ambiente. Era o som de uma brisa. Uma brisa quente e aconchegante. A brisa que veio renovar o perfume que permeava há séculos aquela cena inerte. O homem inspirou profundamente. Um cheiro de terra molhada secando ao Sol veio fazer companhia ao aroma constante daquela Flor. O homem moveu-se, ajeitou-se novamente em seu mirar, conduziu seu pescoço numa semi-volta da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, novamente inspirou profundo e, sorriu. Podia sentir-se vivo, o quadro se desfez. O homem percebeu que seus sentidos aguçaram seus poderes e, começou a sentir o ambiente que o cercava: o aroma da Flor, da brisa encarnada pelo aroma de terra molhada, ouviu novamente o som da natureza que o cercava. Havia pássaros manifestando alvoroços nas árvores que margeavam a estrada onde se encontrava o homem - não mais totalmente inerte, mas ainda parado na mesma pegada. O homem mais uma vez sorriu. Seus olhos arregalaram quando percebeu que as cores de tudo que o cercava estavam mais vivas, vibrantes. Causou um pouco de estranheza ao homem sua próxima constatação: nem tudo fora renovado ganhando vida em seu aspecto, a cerca...a cerca empalidecera-se, tornara-se fosca e distante. O homem gastou os próximos minutos tentando acreditar no que estava vendo. Nesse momento novamente a brisa soprou, agora mais quente e tenra, feliz. O homem aconchegou-se no eriçar de seus poros e abraçou a brisa como se isso fosse possível. O mundo então se explicou. O homem levantou vagarosamente os olhos tão encantados e, um encanto ainda maior instalou-se em seu mirar: A Flor. A Flor não tinha mais sua bela face voltada para a luz que a fazia ser tão distante. A Flor agora fitava o homem e, ao homem dedicava um belo e alvo sorriso. A felicidade envolveu homem e Flor, trouxe na lembrança antigos momentos de magia e carinho. Assim, a vida-pintura impressiona mais aqueles que diante do homem e da Flor colocam suas retinas. A vida mudou, renovou-se e está feliz neste momento. Foi o sorriso da Flor que trouxe à vida sua brisa quente e feliz.

Reencontro com a alegria

E o futebol carioca parece ter reencontrado o caminho para glórias de outrora. Reparem que eu disse "o caminho". Caminho este que aliás é árduo e comprido. Um caminho onde deve-se estar sempre perto de sua chegada, mas manter em sua consciência que esta chegada na verdade é um Shangri-la, um lugar de sonhos mas que não existe. Flamengo, Vasco e Fluminense acariocaram a fase semi-final da Copa do Brasil. Um torneio que hoje é menosprezado pela imprensa de outros estados, que não o Rio, mas que leva seu vencedor à disputa da próxima Taça Libertadores da América. Esta mesma Taça da qual ontem o Corinthians em noite desastrosa e descabida de seu time e torcida, acabou por ser eliminado pelo limitado River Plate da Argentina. Mas, falemos de quem está vivo. O Flamengo enfrenta o Ipatinga, jogando a primeira partida fora de casa, no Ipatingão e, recebendo a equipe mineira no segundo jogo, no Maracanã. Não gostei dessa ordem das partidas, como famenguista, não gostei. Prefiro que meu time realize o primeiro embate sempre em casa, pois assim tem a oportunidade de fazer um resultado a ser defendido no jogo seguinte. O Ipatinga é uma equipe organizada e muito forte em seu campo, pode resolver sua vida já na primeira partida, como fez com o Botafogo. Abra o olho Mengão!
Já a outra vaga para a final será disputada de maneira mais doméstica, no Rio de janeiro. Vasco e Fluminense prometem acirrada disputa em duas partidas que prometem ser exuxberantes. Ao que parece ambas as partidas estão marcadas para o maracanã, ou seja, não teremos o clássico jogado em São Januário - o que para mim é algo injusto para com a equipe da Cruz de Malta. Todos têm o direito, se estádio tiverem, de disputar partidas dentro de seus domínios. Sinceramente, não creio que haja favoritos na disputa dessa semi-final. Flamengo, Ipatinga, Vasco e Fluminense entram na disputa em igualdade de condições, ao menos para o primeiro jogo. Agora, dependendo do resultado da primeita partida... tudo pode ser mudado e, os favoritos finalmente surgirem. Tomara que possamos ter uma final carioca. Assim alguns jornalistas nada bairristas, poderiam por suas violas no saco e passar a admirar mais as calamidades que ocorrem em seus umbigos. E salve o futebol Carioca!

18.4.06

Arnaldo Jabour não, por favor.

Sei que "não existe" esse negócio de imprensa marrom, nem uma suposta orquestração desta mesma imprensa para desestabilizar o governo e seu Presidente, "sei que não". Todavia, a Rede Globo e a Revista Veja estão exagerando. Isso é um fato. Tenho visto em todo canto o Sr. Arnaldo Jabour desandar a falar mal do governo e do próprio Presidente Lula. Sim, é notório que o governo e o PT foram envolvidos em escândalos que, se provados, deveriam por muita gente na cadeia. Entretanto, o Sr. Jabour está longe, mas muito longe mesmo de ser um porta voz daqueles que hoje julgam-se senhores do pudor e da moral, para praticarem a atividade de tiro ao alvo. Por favor Sr. Jabour, ponha a sua violinha no saco, pois os que o senhor representa já são conhecidíssimos do povo brasileiro; vide o que dizem as recentes pesquisas eleitorais. Se alguém foi julgado, seja pelo Congresso, seja pelo povo e, fora absolvido, certamente não seria de sua moral que deveriamos ver insurgir uma reprimenda ao resultado de qualquer julgamento. Por favor Sr Jabour, o senhor não. Por quê? Ora, digamos para não ferir poderosos, que Arnaldo Jabour representa um órgão de informação de massas, formadora de opinião e, esta não é a função de uma emissora de TV. O comportamento moral sim, de cada um dos políticos deste país e, somente este, deveria atrair ou afastar simpatizantes a este ou aquele concorrente a cargos públicos. Isso fica muito feio, para não dizer ridículo e reacionário, em horário nobre e, na tela de minha televisão.

17.4.06

Flamengo, Flamengo, volte para mim.

Peço permissão a mim mesmo dentro deste espaço para falar de algo que aos olhos daqueles que se encontram diante da tela, que não a minha, possa parecer texto fora de contexto. Parece, mas não é. Normalmente uso das lacunas e desatenções de minha timidez para dizer coisas que possam exprimir minhas paixões, ou no mínimo paixões alheias, que sem pedir permissão invadiram ou invadem minha mola-mestra, o coração. Preciso desafogar um grito que procura por onde espalhar-se e não encontra ressonância e nem a solidão completa, para que ao menos pudesse ecoar e retornar aos meus ouvidos numa nota diferente. Preciso falar de minha primeira paixão: o Flamengo. Que momentos tristes e desafortunados meus olhos e sentimentos passaram ontem, ao assistir ao jogo do Flamengo contra o time do São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro de 2006. Nossa, que sensação desanimadora! Os "jogadores" do Flamengo pareciam um bando de pessoas de países diferentes, que não falavam a mesma língua, donos de habilidades em esportes distintos - retirem o futebol de qualquer rol que possa ser imaginado - jogadores estes que aparentemente nunca se viram; pareciam estar ali diante um do outro pela primeira vez. Um horror! O Flamengo é uma instituição amada e reverenciada por mais de trinta milhões de pessoas, merecia mais respeito por parte de sua diretoria, a fim de que esta convencionasse um time mais próximo da estatura que sugere o manto rubro-negro. Para formar um time com no mínimo mais garra e capacidade técnica do que o que ontem se apresentou no Estádio do Morumbi, não é preciso gastar dinheiro. Basta procurar por jovens flamenguistas freqüentadores de peladas de várzea, que estivessem dispostos a jogar em estádios com público, vestindo a camisa do Flamengo, que iria chover interessados com muito mais competência do que aqueles que ontem envergonharam mais uma vez nossa imensa torcida. A impressão que ficou da partida de ontem, onde o São Paulo jogou à 20km/h, é a de que finalmente o ano do rebaixamento à Segunda Divisão chegou. Não ficou nenhum fiapo de esperança nesse ou naquele jogador para que nele pudéssemos depositar alguma confiança. Um bando! Não, um bando não. Bandos são organizados, voam para o mesmo lado, ou participam da mesma ação, ao assaltar bancos e diligências. O Flamengo ontem foi uma zorra desenfreada e sem vínculo consigo mesma. Abra o olho diretoria do Flamengo, esquecer de político corrupto é fácil, esquecer-se dos dirigentes que levarão o mais querido time de futebol do país ao rebaixamento...isso ninguém esqueceria. O Flamengo precisa voltar a ser a paixão mística de sua história e de sua camisa, como uma nuvem lúdica, à plainar já na saída dos ventres onde aguarda seus futuros devotos. O Flamengo precisa voltar a apaixonar sua torcira. O Flamengo não é aquilo que se viu ontem em São Paulo, o Flamengo precisa voltar.